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As coisas seriam bem diferentes se a gente soubesse quando elas teriam fim. Ou será que não?

Um dia desses navegando na internet, (poxa, agora entreguei minha idade, né?) vi uma frase que falava algo como: “Um dia, você e seus amigos de infância saíram para brincar pela última vez. E nenhum de vocês percebeu”. Esse questionamento mexeu muito comigo.

Justamente por isso acontecer e a gente não se dar conta, eu comecei a refletir. Se você estivesse nessa situação, o que você faria diferente? Aproveitaria mais? Falaria pra ele o quanto ele é especial?

E se você e seu namorado estivessem no último rolê antes de tudo desandar, iriam no restaurante de sempre para marcar o momento ou aproveitariam para conhecer aquele lugar que sempre prometeram visitar? Emendaria o rolê num barzinho? Aproveitaria pra ter a última experiência entre quatro paredes? No carro, motel e vivenciando cada segundo? Aquele pode ter sido o último “Eu te amo” sem que nenhum de vocês dois soubesse que seria o último.

Se você soubesse, você ainda teria esperado três dias úteis para responder o “crush”? Teria se arrependido de ter ficado no primeiro encontro? Afinal, os dois queriam e você nunca mais iria ter essa oportunidade novamente. Aquele pode ter sido o primeiro e último encontro de vocês na vida inteira.

Aquele pode ter sido o último abraço com seu ente querido. Você teria o apertado mais forte e teria tentado decorar seu cheiro? Você iria pedir a receita daquele bolo gostoso pra fazer sempre que sentir saudade? Você iria ouvir e dançar as músicas preferidas da época junto com ele(a)?

Você já parou para pensar que teve um dia que você entrou na piscina de bolinhas ou cama elástica pela última vez? Que você brincou pela última vez com seu amigo que estava mudando de escola sem saber que iriam perder o contato completamente nos anos seguintes?

Ao mesmo tempo que algumas coisas demoram, outras passam rápido demais nesta vida. Por exemplo, minha família toda mora em outra cidade, então sempre quando vou visitá-los tento aproveitar minha estadia com momentos de qualidade com eles. E na hora de partir, meu coração aperta por não saber quando irei encontrá-los novamente, mas sempre quero me contentar que pelo menos eu deixei boas memórias.

E acho que é mais ou menos assim que devemos agir na vida. Isso porque tem momentos que são tão bons que sabemos que no futuro vamos sentir falta. Talvez faça mais sentido a gente viver a vida tentando aproveitar esses momentos enquanto eles estão vivos, aqui e agora, sabe? Aproveitar e agradecer enquanto a felicidade ainda está próxima.

Eu não tô falando isso para a gente se lamentar das pessoas que saíram da nossa vida por algum motivo. Pessoas vêm e vão, e todas nos trazem muitos ensinamentos enquanto estão ao nosso lado. Se não estão mais, pelo menos foram importante pra gente em algum momento e cumpriram seu papel.

Para completar, além de aproveitar vivamente cada segundo, eu deixo aqui uma sugestão. Na minha vida sempre prezei pela teoria de não dormir brigado com ninguém. A gente nunca sabe o dia de amanhã. Além do mais, é uma angústia horrível dormir com coisas pendentes e bagunçadas dentro do coração da gente, não é?

muitas coisas só o tempo consegue consertar. Mas se dá para se acertar com o outro, por que não? Se brigou, conversa e tenta resolver. Se chateou, peça desculpas. Enfim, temos que fazer o que está ao nosso alcance para arrumar as situações.

O que eu quero dizer com tudo isso é que é normal a gente pensar nisso o tempo inteiro, mas não podemos esquecer que a vida é feita de pequenos momentos que podem ser passados diante dos olhos sem que a gente se dê conta. Mas são esses pequenos detalhes que fazem a diferença, que marcam momentos e que deixarão saudade.

De resto, abrace porque esse pode ser o último abraço.

Porque eles não poderão contar com a comodidade do nosso silêncio! Clique aqui para nossa voz ecoar mais longe.

 

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