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O álcool em gel tem sido altamente procurado durante a pandemia do coronavírus. Ele é uma maneira eficaz de higienização, complementar ao sabão que deve ser usado em primeiro caso. Você sabia que ele foi inventado por uma mulher?

Lupe Hernandez, uma estudante de enfermagem de Bakersfield, no Estado norte-americano da Califórnia, percebeu que o álcool em forma de gel poderia ser a solução para os casos em que água e sabão não estivessem disponíveis para profissionais de saúde. Ela logo percebeu o potencial econômico da ideia e registrou a patente. Isso foi em 1966.

No início, o álcool em gel era usado somente em hospitais e consultórios. A partir dos anos 80 e 90, foi popularizado. Hoje, ele está sendo muito procurado em virtude da pandemia de coronavírus.

É comprovado que o ácool em gel é eficaz para combater micro-organismos como bactérias, vírus e fungos. A indicação é que o produto seja o álcool 70, isto é, que seja composto de 70% de álcool etílico (etanol).  “Essa é a concentração de álcool que é mais eficaz na eliminação de germes – é ainda mais eficaz que 100%. Por conter um pouco de água, melhora a penetração. Para um vírus, os desinfetantes funcionam interrompendo a camada externa do vírus. Para uma bactéria, eles funcionam interrompendo sua membrana celular”, explica o Professor James Scott em matéria da Universidade de Toronto.

Segundo estudos, o coronavírus pode permanecer em superfícies inanimadas como metal, vidro ou plástico por até 9 dias, mas podem ser inativados com eficiência por procedimentos de desinfecção de superfície como o álcool em gel. Portanto, ele deve ser utilizado com um pano úmido para “desinfetar celulares, teclados, cadeiras, maçanetas e outros objetos que sejam de uso coletivo e tocados por várias pessoas com frequência”, conforme indicado pelo Portal Drauzio Varella.

É importante lembrar que a produção caseira de álcool em gel não é indicada! O Conselho Federal de Química afirma:

“Quando se utiliza álcool líquido em elevadas concentrações, aumenta-se bastante o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. (…) Além disso, a depender do que se utiliza como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação.

Os produtos industrializados passam por rigoroso processo de produção, onde há padrões a serem seguidos, todas as etapas são monitoradas e passam por controles de modo a haver padronização, regularidade e qualidade dos produtos disponibilizados ao consumidor final. Já o álcool em gel fabricado a partir de receitas e métodos caseiros não passa por nenhum controle de qualidade, por isso sem garantia de eficácia.”

Portanto, usem primeiramente água e sabão para lavas suas mãos. Mas caso precisem, a invenção de Lupe Hernandez vem bem a calhar.