Se você é feminista certamente já ouviu algum machista tentando exemplificar que mulheres são super privilegiadas pela sociedade e que homens são descartáveis utilizando o argumento de que, em naufrágios, mulheres e crianças são resgatadas primeiro.

Na verdade, este é um mito. O exemplo sempre dado é o do naufrágio do Titanic, no qual 70% das mulheres e crianças a bordo se salvaram em comparação à 20% dos homens. Porém, é uma exceção.

Segundo estudo realizado pelos suecos Mikael Elindera e Oscar Erixson, do Departamento de Economia da Universidade de Uppsala, Suécia, e publicado em 2012 nas Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS), homens tendem a se preocupar muito mais em salvar suas próprias vidas do que em salvar vidas de mulheres e crianças.

Foram analisados 18 desastres marítimos ocorridos no lapso temporal de 3 séculos, incluindo 15.000 passageiros de mais de 30 nacionalidades. Os resultados apontam que as mulheres têm uma taxa de sobrevivência menor que a dos homens: sobreviveram consideravelmente menos em 11 naufrágios. Em cinco casos, não houve uma clara evidência de diferença nas taxas de sobrevivência de homens e mulheres e em apenas 2 naufrágios mulheres sobreviveram mais que os homens: o caso do Titanic, como já mencionado, em 1912 e também do  Birkenhead, um navio britânico que encalhou no Oceano Índico em 1852.

Em vez de “mulheres e crianças primeiro”, como foi popularizada a expressão, os pesquisadores afirmam que o comportamento humano em situações de vida ou morte é melhor capturado na expressão: “cada um por si”.

 

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