Gillian Flynn é uma autora estadunidense conhecida pelo sucesso absoluto Garota Exemplar. Graduada em inglês e jornalismo pela Universidade do Kansas, tinha o desejo de trabalhar como repórter policial, mas acabou focando na sua escrita ficcional.

Mestre em jornalismo pela Northwestern University, de Chicago, onde reside, Flynn se tornou uma das escritoras mais bem pagas do mundo segundo a Forbes. Seus livros Lugares Escuros (2009) e Garota Exemplar (2012) foram adaptados ao cinema com grande sucesso. O filme Garota Exemplar, inclusive, foi dirigido pelo aclamado David Fincher e estrelado por Rosamund Pike em 2014, arrancando elogios da crítica internacional, com altíssima bilheteria e indicações ao Oscar.

Gillian Flynn

 

Lugares Escuros também foi adaptado ao cinema na sequência em 2015, protagonizado por Charlize Theron, o que impulsionou a adaptação de Objetos Cortantes (2006), o primeiro livro da autora, em uma série da HBO estrelada por Amy Adams. Ele é a estrela da resenha de hoje.

O livro narra a saga de Camille Preaker, uma repórter que batalha contra a depressão profunda após sair de um hospital psiquiátrico. Após ser enviada a sua cidade natal pelo trabalho para investigar um assassinato brutal de uma menina e o desaparecimento de outra, Camille precisa enfrentar seu passado e suas relações familiares complicadas.

 

Pôster de Gone Girl (Garota Exemplar) e Dark Places (Lugares Escuros)

 

À medida que as investigações avançam, vemos os conflitos de Camille convergirem com o cotidiano de sua cidade e sua família de quem se mantinha distante. A personagem faz uma profunda jornada em sua saúde mental e nos permite sermos espectadores de sua descoberta.

Gillian Flynn preza por personagens mulheres fortes e complexas. É interessante perceber um protagonismo feminino tão diferenciado, fantástico e, ao mesmo tempo, realista. A autora explora as profundezas da mente e da alma humana, e os limites que estamos dispostos a chegar.

 

Imagem/Divulgação da série Sharp Objects (Objetos Cortantes).

 

Camille tem uma relação difícil com seu corpo e seu passado, então algumas passagens do livro podem dar gatilho, mas a autora trabalha essas questões com cuidado e respeito. Minha crítica fica pela falta de representatividade racial, que é praticamente nula.

Objetos Cortantes é uma leitura dinâmica e bastante interessante. Quebra o estereótipo dos livros de suspense dominados por autores e protagonistas homens, onde as mulheres são retratadas em arquétipos clichês de vítimas que influenciam a jornada de homens, ou mulheres loucas e vazias. Recomendo!

 

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