Abrir as asas e voar, não é tarefa fácil para quando se nasce mulher. A casa cai, a sociedade questiona, o corpo estremece, mas a vontade e necessidade de se abrir e conhecer mais de si, é quem impulsiona.

Assim nasce Zíngara, da cigania, da andarilhança fora que expande o mundo e faz compreender mais de si, faz se identificar e desidentificar, faz reconhecer.

Do momento de ré mesmo, de conhecer de novo, de retorno ao embrião, de volta para às raízes, de retomada à ancestralidade que ecoa no corpo. Desses muitos ré-conhecimentos, da tonalidade da pele, da música que toca no bumbo, que se começa a abrir as asas e sair do casulo.

Zíngara, sai voando pelas estradas e mergulhando entre mares e rios para se banhar e voltar mais límpida. Esse primeiro livro de poesia é um manifesto de toda ordem, de alguém que não aceita mais seu corpo colonizado, seu território invadido, uma mulher em reconhecimento de sua cor e de toda força que traz ao chegar verdadeiramente ao mundo.

Uma mulher que decide dar nome a sua existência e nascer. E para isso, andou em naturezas selvagens dentro e fora, se curou e continua se curando pelo chão e pelos bichos que moram por dentro.

Zíngara é andarilhança.

Zíngara é convite de vôo.

Zíngara será lançado pela Editora Triluna, através da Chamada da Lua Negra. Essa chamada foi aberta com o desejo de publicar durante o ano de 2021, 24 pessoas negres plurais, estreantes ou não na poesia.

Então todo mês serão lançados 2 títulos, e para o mês de Janeiro tem o livro Zíngara (Bianca Rufino) e Poemas para meu corpo nu (Sílvia Barros).  Como a editora é independente, para conseguir se manter e publicar os livros, precisa da colaboração através do financiamento coletivo da empresa Catarse.

Você pode apoiar a partir de 10 reais para custeio do projeto, pode apoiar com 20 reais e receber plaquetes com poesias, pode apoiar com 40 reais e assim garantir um livro mais frete grátis, e pode também apoiar com 80 reais e assim, garantir os dois livros de poesia, também com frete grátis.

Para mais informações, acesse no instagram a Editora Triluna (@editoratriluna) ou pode acessar diretamente o site da campanha de financiamento coletivo: (https://www.catarse.me/lua_negra).

 

 

Quem é Bianca Rufino?

Sou Bianca Rufino, tenho 28 primaveras e brotei no Planalto da Borborema da Paraíba, mas minha muda foi cuidada em João Pessoa. Sou uma mulher negra e hoje estou aprendente de meu corpo-mundo e de minha ilimitações sexuais e afetivas. Sou poeta, declamadora, andarilha, cygana de espírito, cartomante, performer, atuo na rua, produzo pelo audiovisual (curta-metragem/vídeopoemas), produzo fanzines com minhas poesias e de formação acadêmica sou turismóloga com mestrado em meio ambiente. Pelas peregrinações já realizei varais poéticos, oficinas de escrita e intervenções artísticas. Hoje tenho um fusca chamada Chica Barrosa, que está ajeitando as asas para voar com muita poesia em breve. Atualmente estudo o cheiro das águas, o som das nuvens e o silêncio dos motores da rua. Você pode conhecer mais meu trabalho pelo instagram: @bianca.rufino.

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